Leonardo Sousa começou a jogar com 10 anos de idade no CD Celeirós. No primeiro ano de iniciados rumou ao ADC Aveleda, onde passou três temporadas de «grande sucesso». No entanto, decidiu regressar ao «cube do coração». «No final de cada época recebia sempre propostas para jogar em divisões superiores, mas optei sempre por ficar no CD Celeirós porque oferece boas condições ao jogadores e também tinha o sonho de ser campeão com esta camisola», contou ao Desportivo, o capitão da equipa do Celeirós.
Que balanço faz da época do Celeirós?
O balanço, até a data do cancelamento do campeonato, é positivo. A maioria do plantel foi formado pelo departamento de formação do Celeirós. O treinador trouxe mais alguns jogadores que encaixaram perfeitamente nas necessidades da equipa. Fomos sempre um grupo unido desde o primeiro jogo, até ao último. Praticámos um bom futebol e acabámos com 9 pontos de avanço, fruto de 16 vitórias e apenas duas derrotas. Ainda fomos o melhor ataque na nossa série. Olhando aos números e também ao futebol positivo que praticamos só posso dizer que a época foi muito positiva.
Correu dentro do perspectivavam? O objectivo passava pela conquista do título?
O nosso objectivo passava por ser campeões na nossa série. Com o decorrer do campeonato fomos vendo que era possível realizar o nosso sonho e corremos sempre atrás dele, deixando sempre tudo dentro de campo.
Até à data da paragem dos campeonatos, estávamos plenamente convictos que íamos concluir com sucesso o nosso trabalho. Só não posso dizer que correu como esperávamos porque ainda não sabemos se vamos concluir o nosso objectivo, que era a subida à Honra. Há muito tempo que o clube sonha com isso e esta época estava-nos tão perto de o conseguir. Fica sempre esse amargo de boca.
Quais as maiores dificuldades que encontrou ao longo da época?
Não posso dizer que tivemos grandes dificuldades ao longo da nossa caminhada. O trabalho feito na pré-época sortiu efeito e estávamos focados na subida. No entanto, tivemos uma fase com três derrotas consecutivas, que coincidiu com a eliminação da Taça. Este foi o nosso pior período, mas que rapidamente demos a volta por cima.
- Éramos a equipa mais forte
Que avaliação faz do campeonato. Foi competitivo?
O campeonato tinha boas equipas. Facilmente, aquelas teoricamente mais fracas ou que iam mais abaixo na tabela classificativa, “roubavam” pontos aos “ditos candidatos”. Isso é bom para a competitividade da prova.
Quais as equipas mais fortes?
Não querendo faltar ao respeito aos adversários a nossa equipa era a mais forte, mas as que nos deram mais trabalho foi o Este FC, o FC Amares e o Dumiense.
Tem mais responsabilidades por ser capitão?
Estou no clube há sete anos e sou capitão há seis. Por isso, quero agradecer a quem depositou em mim essa confiança e também responsabilidade. O meu principal foco, dentro e fora de campo, é ajudar os meus companheiros nos momentos mais difíceis. O capitão é a imagem de uma equipa e penso que maior parte das vezes mostrei o que é jogar com este símbolo ao peito e como se defende a camisola do Celeirós.
Gostava um dia de jogar na equipa sénior?
Desde que cheguei ao clube que o meu sonho é jogar pela equipa sénior. Espero concretizá-lo o mais cedo possível.
- Foi uma afronta ao futebol de formação
Concorda com a anulação dos campeonatos?
Penso que é uma afronta ao futebol de formação. Se no futebol profissional se encontrou uma solução para terminar o campeonato, e no amador uma forma de premiar as equipas que estavam um lugar de subida, não percebo porque a formação ficou de lado.
Os clubes trabalharam semanas e semanas para alcançar o sonho de ser campeões. Os jogadores, treinadores e directores fizeram imensos sacrifícios e sentem que não viram o seu trabalho respeitado. Muitos de nós não sabe se vai ter outra oportunidade como esta. Isso dói. Por isso, a AF Braga devia seguir o exemplo de outras Associações e promover as subidas de divisão.
O Celeirós sai prejudicado…
Claramente, porque não era apenas os juniores que estavam a lutar para ser campeões. Os juvenis, iniciados e benjamins também estavam perto desse sonho. Num ano em que se perspectivava maravilhoso para a formação acabou de uma forma triste.
Como tem sido viver tampo tempo sem futebol?
Não tem sido fácil. Todos os dias penso que vou voltar a jogar e a estar com os meus companheiros de equipa. Espero que tudo volte à normalidade rapidamente para regressar onde me sinto feliz que é no Parque Desportivo de Celeirós ” O Feliz “.