A primeira volta do GD Prado no campeonato da Pró-Nacional ficou longe do desejado pelo grupo de trabalho. A equipa navega tranquilamente no meio da tabela, mas longe dos lugares cimeiros a que se propôs lutar no arranque da época.
Daniel Ribeiro, conhecido por Dani, reconhece que os resultados obtidos até ao momento não são os desejados por todos, mas acredita que a equipa vai dar outra resposta no novo ano.
«É verdade que não fizemos uma grande primeira volta, os resultados não apareceram, esperemos que as coisas mudem. As metas continuam as mesmas do início da época, que é entrar em cada jogo para ganhar. Não vamos agora dizer que vamos ficar no 4.º ou 3.º lugar, temos é de melhorar o nosso jogo e entrar sempre em todas as partidas para ganhar», expôs Dani, que está a cumprir a quarta época no emblema alvinegro.
«Já jogámos contra todas as equipas e, mesmo as que estão lá em cima, não vejo que sejam superiores à nossa», juntou o jogador.
«Nem o campeonato está mais forte, nem nós mais fracos, a verdade é que apesar de termos ficado com a maioria dos jogadores entraram muitos atletas dos juniores, um novo treinador e é necessário tempo para perceber as novas ideias, muitas vezes basta mudar uma peça para que as coisas não corram tão bem. Isso no início prejudicou-nos um pouco, mas já estamos com o barco a andar há muito tempo», indicou.
Dani acredita que a equipa ainda pode ficar num lugar mais condizente com o valor do plantel.
«Este é um campeonato onde se pode perder pontos em qualquer campo. É muito competitivo, não há jogos fáceis. O campeonato está diferente, mais forte não digo, mas está diferente, com equipas que subiram, equipas que desceram dos Nacionais que trouxeram novas coisas ao jogo. No entanto, penso que ainda podemos terminar nos primeiros lugares, sem dúvida nenhuma», frisou.
Jogador diz estar «feliz em Prado»
Um talento marcado pelas lesões
Dani é um jogador talentoso, daqueles que de um momento para outro pode virar um jogo, com uma jogada genial, um passe açucarado ou mesmo um remate inesperado à baliza.
Quando chegou ao Faial encantou a plateia e certamente eram poucos os que acreditavam que ao fim de quatro anos o avançado ainda estivesse a jogar nos distritais.
«Tenho tido algumas dificuldades físicas, tem sido um bocado difícil, sempre as tive na minha carreira, por isso não é novidade. Nunca é tarde para sonhar, mas não penso muito nisso, quero é ir para dentro do campo e divertir-me. O resto vem com o tempo. Se surgir alguma oportunidade, melhor, se não também sou muito feliz no Prado», proferiu o jogador, de 24 anos, que esta época já apontou nove golos, tantos como no decorrer da temporada passada.
«Dentro de campo não posso dizer que estou a render mal, já fiz nove golos, oito para o campeonato e um para a Taça, é o melhor registo desde que cheguei ao Prado e ainda estamos a meio da época», assinalou.
«Com o Zé Nuno estou a jogar numa posição diferente, a falso 9, mais enquadrado com a baliza, o que também facilita a minha relação com o golo. É uma posição onde eu sempre gostei de jogar e que favorece mais o meu futebol», indicou.
GD Prado caiu na 4.ª eliminatória da Taça
«Queríamos dedicar a vitória ao nosso capitão»
Ainda não vai ser esta época que o GD Prado vai ganhar a Taça da AF Braga. O conjunto pradense foi afastado da competição pelo Maria da Fonte, nos 16-avos-de-final, num jogo marcado pelas condições atmosféricas muito adversas.
«Estamos todos muito abalados, não só pelo facto de termos sido eliminados, mas da maneira como perdemos, acho que não merecíamos, demos tudo em condições muito difíceis. Foi muito mau para nós e, sobretudo, para o nosso clube», exprimiu, acrescentando que a equipa queria muito ganhar para dedicar a vitória ao capitão.
«Queríamos oferecer a vitória ao Bruno Silva, porque ele está lesionado, por trás dos holofotes, mas sempre com a equipa, sempre lá nos treinos e não falha um jogo. É de um profissionalismo incrível e, para mim, um dos melhores no futebol amador», afirmou.