A Liga saudita (saudi pro league) é uma liga árabe que nunca foi de grande interesse mundial e nunca agradou a jogadores de topo.
Nestes últimos anos, a liga saudita tem investido em contratações de jogadores de nome mundial. Os altos patrocínios e investimentos são apenas para fins político.
A Liga Saudita é apenas uma questão de sportswashing, Essa atividade consiste na utilização, por parte de países, empresas ou pessoas, de ativos de grande valor com a finalidade de limpar a sua imagem.
No início da temporada 22/23 um fundo de investimento saudita comprou os 4 melhores clubes do país: Al-Hilal, Al-Itihad, Al-Nassr e Al-Ahli.
Este último, o Al-Ahli, é um clube que oscilava muito a nível competitivo e de resultados. Com estes investimentos, os sauditas transformaram o Al-Ahli numa grande potência que, a meu ver, não tem a mínima tradição no futebol saudita, muito menos no futebol mundial.
O futebol tem tomado um rumo que mostra que o dinheiro vence.
Hoje em dia, só se safa quem tem dinheiro e, por isso, um clube histórico já não tem o mínimo valor. As novas potências globais são clubes geridos por pessoas que não têm o mínimo interesse na vertente desportiva dos clubes mas, apenas, querem saber da parte administrativa e financeira do clube.
Já há uns anos tivemos um exemplo parecido com a liga saudita. Refiro-me à liga chinesa. Há algum tempo, a liga chinesa, tal como a saudita, começou a enviar propostas irrecusáveis para jogadores de renome mundial. Muitos foram pelo dinheiro e, ao mesmo tempo, pensavam que a China ia dominar o futebol.
Com o passar do tempo, mostrou-se uma realidade bastante diferente daquela que esperavam. A liga chinesa tinha apenas alguns clubes bons, enquanto o resto era praticamente amador.
É isso que está a acontecer na liga saudita. Existem 4 clubes de topo com grandes investimentos, enquanto os outros clubes do país são semiamadores.
Ou seja, não têm as mínimas condições nos balneários, não pagam o suficiente aos jogadores, fazendo com que, mais de metade dos jogadores não receba mais do que o salário mínimo, fazendo com que mais de metade dos jogadores tenham de ter um 2° emprego para se sustentarem.
Este novo fenômeno no futebol merece uma atenção e reflexão redobrada.