João Fernandes, capitão do Sobreposta, diz que o grupo adaptou-se bem às novas ideias do treinador e estava a fazer um «bom campeonato». O jogador sublinha ainda que com a excepção do Esporões que «era uma equipa à parte» havia uma luta renhida pelos outros lugares de subida que se iria manter até ao fim do campeonato.
Que balanço faz da temporada do Sobreposta?
O balanço é positivo. Foi um ano em que tivemos um treinador novo e, felizmente, conseguimos adaptar-nos rapidamente às suas ideias e métodos de trabalho. Não nos foi pedido nenhum objectivo em concreto, mas todo o grupo sabia para onde ir e o que queria. Apenas pensávamos em trabalhar durante a semana para ganhar os três pontos no fim-de-semana.
A nível individual a época correspondeu às suas expectativas?
A nível individual a época correu bem. Infelizmente, por razões profissionais, não pude dar o meu contributo dentro de campo em alguns jogos, mas temos um grupo recheado de bons jogadores e bem orientado que mesmo que saia um entre outro jogador continua tudo igual.
Este campeonato é competitivo?
É muito competitivo. Evidentemente que há uma equipa que não faz parte deste campeonato, que é o Esporões. Está acima de todas as outras e é preciso dar-lhe mérito por aquilo que fizeram e pela forma se destacaram ao longo do campeonato. Depois, existe um grupo de equipas muito niveladas, que faz com que nunca se saiba o que esperar dos resultados ao fim-de-semana.
- Zé Carlos e Cantona
Qual a melhor equipa da vossa série?
O Esporões.
E jogador. Algum que o tenha impressionado mais?
Há bons jogadores nesta divisão em praticamente todas as equipas. Mas tenho de destacar dois: O nosso guarda-redes Zé Carlos, que é uma das principais razões pelo facto de sermos a defesa menos batida, e o Cantona, do Esporões, pela forma simples como resolve jogos e, certamente, que contribuiu para o Esporões ser o melhor ataque do campeonato. São dois jogadores que tinham, sem dúvida, lugar noutras divisões, como mais alguns que não mencionei.
Que opinião tem sobre o encerramento dos campeonatos?
É uma decisão complicada. Nunca iria agradar a toda a gente. Penso que não podemos deixar de pensar naquilo que nos rodeia e no momento que estamos a viver. No entanto, compreendo quem diga que se está a favorecer aquelas equipas que não trabalharam durante o ano e a prejudicar quem por mérito está lá em cima a procurar a recompensa pelo trabalho realizado.
- Haviam 4/5 equipas que podiam terminar no 2.º lugar
O Sobreposta devia ser premiado com a subida à Honra?
O campeonato não terminou e tanto poderíamos terminar em segundo lugar como qualquer uma das outras 4/5 equipas que estavam a lutar connosco. É prematuro dizer que deveríamos ser premiados com essa subida. Claro que gostaríamos de subir, quem não gostaria? Mas penso que tanto nós como os nossos adversários preferiam fazê-lo em campo em vez de ser desta maneira.
Já sente muitas saudades do futebol?
A saudade já aperta. Nestas divisões andamos no futebol porque gostamos, para nos abstrair muitas vezes dos problemas do dia-a-dia e o convívio faz com que se esqueçamos disso. Chegaram alguns jogadores novos ao clube, mas todos se sentiram em casa e rapidamente criámos uma família. Temos saudades de conviver e fazer aquilo que mais gostámos.
Como está a adaptar-se a estes tempos de quarentena?
De uma forma geral estou a adaptar-me bem. Felizmente o meu trabalho é possível realizar a partir de casa e tenho cumprido a minha parte, evitando ao máximo o contacto com outras pessoas.
A equipa encontra-se bem de saúde?
Temos mantido contacto pelas redes sociais e pelo que sei todos se encontram bem e espero que assim continue que é o mais importante.