Ser treinador: uma travessia no deserto

Tirar o curso de treinador em Portugal é muito difícil. Do tempo que se espera para a admissão no curso, passando pelo exorbitante valor e terminando na falta de garantias, um apaixonado por esta arte recebe logo na primeira visita um convite à desistência desse sonho!

Agora imagine tudo isto na vertente de treinador de guarda-redes. É uma travessia no deserto!

Aquilo que os treinadores desta vertente pretendem não é difícil nem irracional.

Desejam que olhe para os treinadores de guarda-redes com seriedade, valorização e equidade na implementação da formação de treinadores no global.

Há tanto, mas tanto a fazer para tornar este processo mais célere, ambicioso e cativador! É preciso repensar a estruturação da formação!

Acredito que a médio e longo prazo este modelo será revisto e tornar-se-á mais assertivo e cativador!

Quem tutela esta área deve, a meu ver, procurar em conjunto com as universidades um modelo que permita uma formação mais ampla e célere.

Onde todos cooperam o projeto enriquece e torna-se apelativo! É preciso também rever a atribuição dos níveis de qualificação UEFA que não estão acessíveis em todas as entidades formadoras. No meu ponto de vista, uma pessoa que tire o nível de treinador deve ter no currículo formativo uma parte que lhe atribua essa vertente. Isso, atualmente não acontece.

Tem de haver vontade, espírito de sacrifício e assertividade de todas as partes!

Que em breve, estejamos a falar de uma realidade no que toca ao curso de treinador de guarda-redes porque, ao contrário do que se possa pensar, esta é a vertente que mais esforço físico e mental exige na preparação do treino e na própria execução!

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