Já são 11 anos com a camisola do Alegrienses ao peito. Hugo Vieira diz que é um «orgulho» capitanear a equipa do seu coração. O capitão da equipa bracarense diz que a época podia ter »corrido melhor», mas sublinha que a segunda volta do campeonato «ia correr melhor». O jogador destacou ainda o trabalho feito pela Direcção, num clube que continua a «andar com a casa às costas”.
Que balanço faz da época do Alegrienses?
Infelizmente acho que não foi muito positivo. Não conseguimos aliar por vezes as boas exibições aos resultados o que nos penalizou muito na tabela classificativa, mas com total convicção que na segunda metade do campeonato iríamos melhorar e corrigir nesse aspecto.
Individualmente correspondeu às suas expectativas?
Em alguns aspectos sim e outros não. Tinha muito mais para dar individualmente mas prefiro sempre que o Alegrienses ganhe . Quero também dar uma palavra de apreço aos meus colegas de equipa e equipa técnica por sempre darem o máximo pelo clube. Foram soberbos!
Como é ser capitão de um clube como o Alegrienses?
Ser capitão de um clube como o Alegrienses é algo que me deixa muito orgulhoso. É o clube do meu coração, o clube do meu Bairro ao qual já represento à 11 anos e que me deixa também muito honrado. Tem sempre uma responsabilidade acrescida devido ao seu historial. Quem já representou este clube, e quem ainda representa, sabe isso. Este clube merece respeito.
- As pessoas afastaram-se um pouco
Ainda existe muito bairrismo e mística?
Já existiu muito mais. Desde que ficámos sem campo próprio que as pessoas se afastaram um pouco
O clube já merecia ter uma casa própria.
Confesso que seria fundamental para o nosso crescimento enquanto clube e para dar melhores condições aos atletas e equipa técnica. Neste aspecto quero deixar uma palavra a todos os clubes que não têm casa própria, pois só nós sabemos o quanto é difícil “andar com a casa às costas” e mesmo assim ter sempre a mesma vontade.
O campeonato foi competitivo?
Foi um campeonato muito competitivo, com muita qualidade, com muito equilíbrio entre as equipas. Prova disso é que havia sempre jogos bem disputados e qualquer equipa podia tirar pontos à outra.
Qual a melhor equipa da vossa série?
Destaco o Ucha, mas o Carreira e o Granja também tem boas equipas.
E jogador consegue eleger o melhor?
Não consigo destacar nenhum jogador, pois há muita qualidade nesta divisão. Muito valor mesmo. Muitos jogadores que já andaram noutros patamares e jovens com muito potencial.
- Qualquer decisão nunca será 100% consensual
E as arbitragens têm melhorado ao longo dos anos?
É assunto do qual não gosto muito de falar, sinceramente. Penso que todos os intervenientes do jogo deviam estar sempre em constante evolução para o bem do futebol.
Concorda com o encerramento dos campeonatos?
Concordo plenamente. Não há condições neste momento atendendo ao que se está a passar a nível mundial. Foi o mais correcto, pois a saúde está sempre em primeiro lugar.
É de opinião que as equipas devem ser premiadas com subidas?
É muito discutível. Qualquer decisão que seja tomada nunca será 100% consensual. Não podemos ser hipócritas. Vai sempre de prejudicar uns e beneficiar outros. Mas deixo isso para as entidades competentes e espero que façam o melhor pelos clubes.
- Tempos complicados
Como se tem adaptado a este tempo de pandemia?
Tem sido tempos muito complicados. De um momento para o outro estamos privados de quase tudo e fomos obrigados a alterar as nossas rotinas. É triste, mas sempre com a esperança de que vamos ficar bem para assim que possível voltemos a joga futebol.
Queria também deixar aqui uma palavra de felicitação ao Desportivo pelo óptimo trabalho que tem vindo a fazer e que contribui imenso para a dinamização do futebol distrital