Segurança. Alguns clubes desagradados com medidas tomadas pela AF Braga

Depois de a AF Braga ter anunciado os procedimentos de segurança a adotar pelos clubes que mereceram o aplauso dos árbitros, que prometiam fazer greve aos jogos, alguns clubes já mostraram a sua indignação pelo facto das regras terem sido alterada a meio do campeonato e com mais custos financeiros para ao clubes.

«No seguimento de comunicação oficial anterior e tendo em consideração que o normal decurso das competições oficiais organizadas pela AF Braga é um imperativo de todos, passamos a indicar os procedimentos a adotar pelos clubes nossos filiados em todos os jogos oficiais:

1 – Para os clubes que não tenham contrato com Empresas de Segurança (ARDs), obrigatoriedade de requisitar policiamento através da plataforma PIRPED.

2 – Se a força policial requisitada não garantir o policiamento, obrigatoriedade de requisição de ARDs.

3 – Obrigatoriedade da presença de Gestor de Segurança», pode ler-se no curto comunicado da associação bracarense, tendo ainda como pano de fundo a alegada agressão do guarda-redes do CC Taipas ao árbitro do jogo frente ao Arões SC, disputado no Campo do Montinho, no passado dia 23 de março.

Alguns clubes da AF Braga, como a AC Gonça e CA Castelões não demoraram a emitir também comunicados a insurgirem-se contra estas medidas tomadas para AF Braga.

«É imperativo que os clubes se juntem, porque não faz qualquer sentido mudar as regras a meio do jogo. A dois dias da realização de uma jornada não pode esta associação passar por cima de todos os clubes e tomar decisões de forma autónoma, para agradar a uma classe pondo em causa o trabalho realizado pela esmagadora maioria dos clubes.

Os clubes sempre cumpriram todas as regras impostas, formaram os gestores de segurança e realizaram os jogos até esta data. Se pretendiam alterar as regras, o mínimo seria o fazer na próxima época desportiva, nunca a quatro semanas do final dos campeonatos. Os campeonatos não se podem realizar sem as equipas de arbitragem, mas também não se podem realizar sem os clubes, pelo que deveriam ter mais respeito pelos mesmos.

As empresas de ARs contactadas e quando inquiridas pelos valores dos serviços prestados o que indicam é que o valor é de 110.00€ por elemento e, se quiserem fatura, é mais IVA. Pelo que se espera que não venha aí mais um problema com a AT promovido por esta decisão. Pelo exposto, vimos pedir alguma compreensão e deixar os campeonatos terminarem.  Na próxima época e com tempo tomar as decisões de forma concertada que forem as melhores para o nosso futebol», destaca o AC Gonça.

Pelo mesmo diapasão alinha o CA Castelões.

«O CA Castelões sempre se pautou pela defesa do desporto como um espaço de fair play, respeito e segurança. Reiteramos a nossa posição intransigente contra qualquer forma de violência no futebol e consideramos essencial que os jogos decorram sem incidentes. Contudo, não podemos deixar de expressar a nossa profunda preocupação e discordância relativamente às recentes decisões tomadas pela AF Braga sem consulta prévia aos clubes filiados.

As regras de segurança foram definidas no início da época desportiva e, tanto quanto é do nosso conhecimento, têm sido cumpridas por todos os clubes. Foram nomeados gestores de segurança e definidos PCS para garantir o normal decorrer das partidas e a proteção de todos os intervenientes. Alterar estas regras quase no final da época, em resposta a um incidente isolado, parece- -nos uma decisão precipitada e desproporcional, sendo a responsabilidade do sucedido exclusiva dos seus intervenientes», destaca o clube vimaranense.

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