A equipa do Lank FC Vilaverdense joga amanhã em Vimioso, casa do último classificado do Campeonato de Portugal, série A. Na antevisão a esta partida da 19.ª jornada, Carlos Cunha, falou das dificuldades que esperam a sua equipa e dos objectivos para as últimas quatro jornadas da prova.
Que preocupações lhe traz este Vimioso?
É uma equipa que vem de resultados positivos, nos últimos jogos até somou mais pontos do que nós. Ganharam em Cerveira, empataram com o Montalegre, perderam com o Merelinense e empataram em Bragança. Decerto é a sua melhor série de jogos da época. Foi uma equipa que não se desmontou com o decorrer da época, mesmo afundando-se na tabela classificativa. Tem vindo a crescer e a solidificar os processos e ideia de jogo. Por isso, só podemos ganhar ao Vimioso se formos o melhor Lank FC Vilaverdense. Se formos uma equipa displicente e impreparada, desvalorizando o adversário, entramos logo a perder. O jogo começa empatado, com um ponto para casa equipa e o que nos queremos, e eles também, é somar mais dois.
Por vezes existe uma desmotivação natural pelo facto de jogar contra o último classificado. Sente a equipa motivada?
Para os jogadores este jogo representa uma final da Liga dos Campeões. Vamos lá para dar o máximo. Não estamos a gostar nada do que nos está a acontecer, mas não temos tempo de carpir lágrimas, temos de jogar sempre nos limites e os jogadores sabem disso. Se nós adormecemos na próxima época só temos espaço na distrital.
Está a quer dizer que nesta altura olha mais para baixo do que para cima?
Não penso nisso, sinceramente. Temos um objectivo pontual interno e trabalhamos em função disso. Sabemos que faltam 12 pontos e sabemos o que queremos conquistar. Não podemos fazer contas se não fizemos os nossos pontos.
Quais as ambições da equipa para estes quatro jogos que faltam?
Estamos a trabalhar para ganhar jogo a jogo. No entanto, não controlamos os outros adversários, nem estamos focados nisso. Estamos apenas focados no Vimioso que é o que nos interessa de momento. Não podemos ir para um jogo com a cabeça noutros, se não mochila fica muito pesada.
Ainda acredita que podem chegar ao quinto lugar?
Temos a consciência que estamos aquém das nossas expectativas. No entanto, acho que os resultados não têm sido condizentes com o futebol produzido pela equipa. Acho que desde que chegamos, apenas perdemos bem com o Braga. Depois desse jogo a equipa tem sido superior aos adversários. Só que em termos de eficácia não temos correspondido. A equipa também sente isso o que faz com que pese sobre nós uma pressão excessiva.
Disse que têm sido superiores aos adversários só que os resultados não o demonstram. O que tem faltado então?
Em muitas circunstâncias o detalhe. No último jogo (Montalegre) tivemos várias situações para fazer o 3-1 e numa transição sofremos um penálti e o 2-2, aos 90 minutos. Sempre que cometemos um erro o adversário faz um golo e nós temos de criar uma série de oportunidades para marcar. Mas não podemos dizer que tem sido apenas falta de sorte. Às vezes tem sido incompetência da nossa parte. Tínhamos obrigação em algumas circunstâncias de ser mais competentes e eficazes.
Para além da falta de eficácia a equipa também tem sofrido muitos golos. É a terceira equipa mais batida da vossa série…
Desde que cheguei o maior desnível de resultado foi contra o Braga, os outros jogos têm sido equilibrados em termos de resultados. Agora, a realidade é que somos a terceira equipa mais batida. Os campeões fazem-se normalmente com as defesas menos batida e os jogos ganham-se com os melhores ataques. Quando digo a falta de eficácia também digo defensivamente, porque, por exemplo, enquanto em Cerveira marcamos um golo e ganhamos, com o Montalegre fizemos dois e não conseguimos ganhar.