Caiu o pano sobre a sétima edição do único Rally-Legend português inscrito no calendário do Slowly Sideways Europe e mais uma vez foi um enorme sucesso, pela sua parte competitiva e também pela componente saudosista que animou os muitos amantes dos rallyes ao longo dos três dias em que percorreu o norte do país.
O público aficionado respondeu com a sua presença nas classificativas, também no parque de assistência (Barcelos), nos reagrupamentos (Amares, Barcelos e Santo Tirso), no controlo de passagem (Famalicão), e ainda na emblemática Marginal de Gaia e na Foz do Douro (nos Jardins das Sobreiras), no Porto.
No que diz respeito à parte competitiva, na categoria “Históricos”, a vitória foi para a dupla espanhola Xésus Ferreiro/Xavier Vazquez, em Ford Escort MK2, que conquistaram o primeiro triunfo no RallySpirit Altice, depois de o ano passado terem chegado a ganhar troços. A dupla Rui Ribeiro/Pedro Fernandes alcançou o segundo lugar e foi mesmo a melhor equipa portuguesa, deixando o registo da sua melhor classificação de sempre na prova, façanha também obtida por Nuno Vaz/Jó Vaz que se estrearam no pódio.
Quanto à categoria “Spirit”, a luta pelo triunfo foi bastante animada. A dupla Ernesto Cunha/Rui Raimundo colocou, pela segunda vez consecutiva, o Subaru Impreza WRX no lugar mais alto do pódio. Assistiu-se, ao longo de todo o Rallye ao braço de ferro Subaru/Mitsubishi com o pêndulo a desequilibrar para o lado do carro de Cunha, que tirou partido de um Impreza mais eficiente e competitivo. Com a dupla Pedro Leal/Isabel Ramalho a assegurar o segundo lugar num Lancer já algo “cansado”, restou a Armando Costa/Octávio Araújo, também em Mitsubishi Lancer Evo VI, garantir o derradeiro lugar do pódio, depois de numa fase inicial ter ainda conseguido lutar pelo triunfo. Uma palavra ainda para a dupla Vila-verdense Victor Sousa/Carlos Sousa que levaram o pequeno Peugeot ao 14º lugar final.
Uma palavra também para as “velhas relíquias” que animaram todo este RallySpirit. Com maior ou menor dificuldade giraram pelas classificativas todas da prova, dando uma animação fantástica e deliciando tudo e todos.
No final, Pedro Ortigão, responsável da X-Racing, não escondeu a satisfação: “No ano em que o evento cresceu em quilometragem, o que também fez aumentar a nossa responsabilidade, tudo correu da melhor forma. Por isso, sentimo-nos recompensados por ter sido uma das melhores edições de sempre. Demos mais um excelente passo em termos evolutivos e, no próximo ano, temos como objetivo colocar de pé um evento ainda melhor”.
Em suma, uma prova que agradou a todos.
Caiu o pano a correr sobre a edição de 2022, começa agora a contagem decrescente para o RallySpirit Altice 2023 que manterá o seu ponto de partida e chegada em Barcelos e que, esperemos, continue a evoluir pelo alto Minho para gaudio de todos.