Arnaldo Lima diz que a Ribeira do Neiva tem feito um bom campeonato.
«Até ao momento é um balanço bastante positivo. Estamos bem e o objetivo continua o mesmo: lutar pelo título. Estivemos 15 jogos sem perder, acho que mais de 10 na liderança isolada e queremos voltar rapidamente ao 1º lugar», juntou o central, que chegou esta época ao Ribeira do Neiva.
«Individualmente, não tem sido a minha melhor época, esperava, sinceramente, jogar com mais regularidade, mas, como toda a gente sabe, trabalho, empenho e dedicação nunca faltam. A partir daí são as opções dos treinadores que decidem quem joga e quem não joga.
Às vezes, quando não jogo, fico um bocadinho aziado, mas mesmo de fora tento ajudar quem está a jogar, assim como o contrário também acontece», destacou o jogador, de 33 anos.
«A integração foi fácil, porque também já conhecia vários dos jogadores do plantel, já tinha partilhado o balneário com alguns deles, e alguns até são meus amigos pessoais», acrescentou.
Luta pelo título
Lima está convicto que a luta pelo título vai ser disputada até ao fim pelas cinco primeiras equipas da tabela classificativa.
«Sabemos que vai ser uma competição dura até ao final. É uma série muito equilibrada, principalmente os cinco primeiros classificados, que têm o objetivo de subida, uns assumidos, como nós desde o início, outros que não assumiram, mas a gente sabe que estão nessa luta. E depois existem também aquelas equipas do meio da tabela, que são sempre muito complicadas e que se puderem dificultar a vida aos candidatos vão fazê-lo. Acredito que estas cinco equipas vão fazer tudo para chegarem ao fim em primeiro lugar», apontou o experiente jogador, que na época passada representou o SC Courense, na maior divisão da AF Viana do Castelo.
«O convite surgiu através do mister Vitinho, que me expôs o projeto do Ribeira do Neiva, e a partir do momento em que tive a primeira conversa com ele foi fácil chegar a acordo, porque era um projeto vencedor, em que o objetivo era ser campeão e subir de divisão», expressou Lima.
«Na AF Viana do Castelo o futebol é mais físico, mais duro. Aqui, pelo menos no Ribeira do Neiva, tentamos ser uma equipa com princípios, ter posse de bola, jogar bom futebol», indicou.
Elogios à qualidade de jogo
«Pontapé para frente? Está fora de moda!»
Lima diz que a ideia de que na última divisão é “pontapé para a frente e fé em Deus” está completamente ultrapassada. «Cada vez mais, as equipas técnicas procuram que as suas equipas joguem melhor à bola. Essa ideia de que nesta divisão é pontapé para a frente já está fora de moda. Pelo que tenho visto em quase todas as equipas não é esse o espírito. Pode haver uma ou outra que não, mas a maioria delas tenta sair de trás, ter uma construção como deve ser e praticar um futebol ofensivo. Claro que às vezes não é possível em determinados campos. Nós temos dois pelados na nossa série e aí é mais complicado trocar a bola de pé para pé», expôs.
Divide o futebol com a profissão de GNR
«Para mim é um vício»
A vida profissional afastou Lima dos relvados por um longo período, mas logo que foi possível conciliar o trabalho com o futebol voltou a fazer aquilo que lhe dá mais prazer.
«O futebol para mim é um vício, mas com a minha profissão (GNR) é um bocado complicado, tenho que tentar sempre fazer trocas de serviço. Acaba por se tornar um pouco difícil, mas enquanto conseguir conciliar vou continuar a jogar, com toda a certeza. O vício fala mais alto», atirou.
