Nos últimos tempos temos assistido a uma baixa assistência nos estádios. Se em parte, pode haver da parte das pessoas comodismo, por outro lado, as novas medidas de contenção, em virtude da pandemia acabaram por afastar muitos adeptos.
Não se compreende a incoerência de algumas medias. Por exemplo: para se ir ao estádio, não só temos de usar máscara, fazer um teste e ter o certificado. Por outro lado, se esse mesmo adepto for a um bar ou discoteca não precisa de usar máscara.
Faz algum sentido que num espaço aberto haja mais restrições do que num espaço fechado? Não me parece.
Há ainda outra reflexão a fazer.
Sendo os testes obrigatórios e, sendo apenas 4 testes mensais financiados, um adepto irá sujeitar-se a fazer em todos os jogos um teste só para uma hora de espetáculo? Não me parece. Acresce a tudo isto, a escassez desses mesmos testes.
Outro ponto mais importante e, esse sim, deve e tem mesmo de ser refletido, é o dos horários dos jogos. Não se compreende como é possível querer adeptos num jogo às 21h ou 21h30 de um domingo à noite ou à semana. Não é apelativo.
É importante que a Secretaria de Estado do Desporto, a Liga e a Federação debatam esta temática com bom senso e seriedade! O desporto é uma atividade de interação, mas, acima de tudo, de comunhão, acolhimento e festa! Não é possível haver uma grande festa onde os principais convidados não sejam bem-vindos logo no primeiro convite!
É possível fazer mais e melhor. Mas quem dirige o futebol está interessado? Acredito que mais dia ou menos dia, este tema será seriamente debatido. É do interesse de ambas as partes. Não há futebol sem jogadores e não há festa e ambiente desportivo sem adeptos!
É o ambiente de ligação entre clubes e adeptos que atrai os mais novos para a prática desportiva e a apaixonarem-se por um clube. É isso que dá vida e cor ao desporto e permite uma sociedade mais comprometida em várias vertentes! Haja, uma profunda reflexão sobre a forma de atrair os adeptos para os estádios!
