Polémica. Vila Chã acusa jogador do Martim de racismo

A Direcção do Vila Chã emitiu, esta noite, um comunicado a acusar o jogador do Martim, Luís André Peixoto, de atitudes racista perante o seu jogador Bouba François, durante o jogo disputado esta tarde e que resultou na vitória da equipa barcelense por 1-0.

Comunicado
Na sequência do crime de que foi vítima o nosso jogador Bouba François por parte do jogador Luís André Peixoto durante o jogo AFC Martim-U.D.Vila Chã, a União Desportiva de Vila-Chã comunica que:

-A União Desportiva de Vila-Chã e os seus adeptos estão solidários com Bouba Francois;

-A União Desportiva de Vila-Chã repudia e condena veementemente os comportamentos racistas desta tarde por parte do jogador do AFC Martim – Luís André Silva Peixoto , que constituem um dos momentos baixos da história da Divisão Pro-Nacional.

-A União Desportiva de Vila-Chã manter-se-á na linha da frente da luta contra o racismo e os crimes de ódio e a sua equipa mantém a vontade de continuar a combatê-los no campo.

Luís André Peixoto já reagiu na própria página do Facebook do Vila Chã: «Saber perder é uma virtude. Completamente falso este comunicado. Uma vergonha. Quem me conhece sabe os meus valores. Completamente tranquilo».

Martim também reage 

Entretanto, a Direcção do Martim também emitiu uma breve nota nas redes sociais a defender o seu atleta, acusando o adversário de actos de vandalismo no interior das suas instalações.

«Quando nos referimos a atos criminosos temos de analisar o contexto e a razão de o fazer.

A palavra “crime” não pode ser mencionada sem discernimento e consciência, aliás, estavam presentes as autoridades superiores e competentes para avaliar se se trataria ou não de um ato criminoso, o que não se verificou.

Referir como crime uma discussão entre jogadores de equipas adversárias, para além de descabido, é grave. Ambos defenderam as suas partes, não seja isso confundido com um crime.

Nestas situações só se menciona racismo por conveniência e nós reconhecemos que é um assunto de enorme gravidade quando de facto é praticado com essa intenção, o que não foi o caso.

O moralismo das palavras podia assim corresponder também às atitudes tidas após o final da partida, já no regresso aos balneários. Pois grave é aquilo que foi feito por elementos da equipa adversária que defrontou hoje o Académico de Martim, ato que se denomina de vandalismo (as imagens falam por si).

Isso sim pode ser referido como um ato irresponsável e que demonstra a falta de fair-play e valores pelo quais se pautam.

Que situações semelhantes não se voltem a repetir. As instituições e as suas infra-estruturas não podem sofrer com a falta dos valores acima referidos», diz a missiva do Martim.