A Direcção do Pevidém reagiu ao castigo aplicado à sua equipa de sub-23, sancionada pelo Conselho de Disciplina da AF Braga com uma derrota no jogo com o Mascotelos pelo facto de ter inscrito na ficha de jogo um atleta ainda com idade de juvenil.
A lei diz que nestes casos é necessário o jogador apresentar um exame de aptidão médica.
O clube vimaranense diz que a única intensão do clube foi de «premiar o atleta por comportamento exemplar, quer a nível desportivo, quer escolar» e lamenta que a aplicação da lei se «sobreponha ao seu espírito».
Os responsáveis do Pevidém sublinham ainda que a plataforma informática “score” «deveria impedir de inscrever na ficha técnica um jogador não qualificável para o jogo».
Comunicado na integra do Pevidém.
«Fomos ontem informados pelo Conselho de Disciplina da AF Braga de que a nossa equipa de sub-23 foi sancionada com a derrota por 0-3 no jogo com o Santiago Mascotelos FC pela inclusão de um jogador juvenil num jogo de seniores sem o respectivo exame de aptidão médica para o efeito.
Convém, desde logo, afirmar que a única motivação pela convocatória do referido juvenil deve-se à vontade da estrutura em premiar o atleta por comportamento exemplar, quer a nível desportivo, quer escolar.
O desconhecimento da lei não justifica a sua inobservância. E nem sequer se trata disso na medida em que os responsáveis sabiam da regra. Mas só não erra quem nada faz e enquanto presidente da Direcção, assumo a total responsabilidade. Contudo, não podemos deixar de lamentar que a aplicação da lei se sobreponha ao seu espírito, o qual reconhecemos não conhecer.
Os clubes amadores não têm recursos humanos responsabilizáveis por tais erros. A plataforma informática “score” deveria, no nosso entender, impedir inscrever na ficha técnica um jogador não qualificável para o jogo.
Tal impedimento, impediria o livre arbítrio para a ilegalidade e a possibilidade do erro, tão bem consubstanciado no caso em apreço, tendo em conta que o atleta nem sequer foi utilizado e por isso, não ter havido qualquer proveito do prevaricador, nem qualquer influência na verdade desportiva.
E pouparia, certamente, o árduo trabalho por parte dos funcionários da AF Braga em verificar cada uma das centenas de fichas de jogo de forma a detectar tais irregularidades. A não haver excesso de brio, é de uma competência merecedora dos mais altos elogios.
O assunto seguiu naturalmente para o nosso departamento jurídico, sempre e apenas no intuito da defesa dos interesses superiores do nosso símbolo.
Finalmente, não poderíamos deixar de agradecer o cuidado e a compreensão com que o Conselho de Disciplina nos honrou, atenuando claramente as sanções aplicáveis, para além da comunicação directa e amistosa utilizada.
Desejamos que este caso sirva para reiterar os nossos princípios e a nossa forma de estar no futebol.
Sempre com o foco na vitória, mas com o máximo respeito pelos nossos adversários e pelas instituições que nos regem».
O presidente da direcção
Rui Machado
Pevidém SC