O mundial do Catar é o que mais polémica tem suscitado e, ao mesmo tempo, aquele que espelha uma realidade de condicionalismos e de atropelos aos direitos humanos.
1) Da escolha à construção dos estádios: Quando a FIFA escolheu o Catar já conhecia ou, pelo menos, devia ter-se inteirado da realidade e se estavam reunidas as condições para a realização do mundial no Catar.
2) Indignação e protestos: Têm sido várias as críticas e os protestos face à situação que se viveu durante a construção dos estádios onde várias pessoas morreram e, ao mesmo tempo, contra o atropelo aos direitos humanos.
Mas faz sentido nesta altura? A luta pelos direitos humanos pode, e deve, continuar. O problema está no facto de estes já virem quando o mal está feito, colocando não só o foco noutras atenções, mas também criando maiores nervosismo nas seleções.
Creio ser unânime que este mundial não se devia realizar no Catar. Contudo, o maior protesto era o boicote por parte das seleções. Depois de terem aceite não faz sentido que a presença de Chefes de Estado se recusem ou coloque à votação a sua ida ao mundial.
3) Desafios para o futuro: Num futuro a FIFA deve procurar avaliar melhor as condições, incluindo as regras, que os países impõem.
No que toca à luta pelos direitos humanos, essa deve continuar.
Ninguém pode compactuar com aquilo que aconteceu no Catar e acontece também noutros países.
Que a luta pelos direitos humanos seja feita, mas com seriedade e de forma responsável.