Pedro Pereira vai cumprir a quinta época consecutiva no GD Prado. O experiente médio, de 40 anos, que na temporada passada participou em 38 jogos e marcou sete golos, tem sido ao longo dos anos uma das pedras mais influentes no xadrez da equipa alvinegra.
«Gosto muito de estar aqui. Gosto das pessoas. Sinto-me bem tratado. O clube demonstrou interesse em que eu ficasse e foi fácil renovar por mais um ano», contou ao nosso jornal Pedro Pereira, no arranque para mais uma época desportiva.
«Enquanto me sentir bem e as pessoas demonstrarem esse interesse, provavelmente continuarei. Mas na minha idade é um bocadinho pensar ano a ano, ir vendo como é que me vou sentindo. E, felizmente, em termos de lesões, não me tem acontecido grande coisa. Depois, ainda tenho essa paixão de jogar», juntou o médio, que reencontrou Zé Nuno Azevedo. «No meu primeiro ano, o mister ainda estava por cá, aliás, foi ele quem me convidou para jogar no Prado», confidenciou.
Na época passada, sob o comando de Miguel Magalhães, o GD Prado conseguiu um 4º lugar no campeonato e chegou às meias-finais da Taça da AF Braga. Questionado se era possível igualar ou mesmo suplantar esta prestação, Pedro Pereira preferiu jogar pelo seguro.
«Não gosto muito de pensar nessas coisas. Há muitos factores aleatórios que podem acontecer. O que podemos prometer é que vamos entrar em todos os jogos para ganhar. O nosso objectivo é esse todos os anos. No entanto, não negamos que queremos andar do meio da tabela para cima», atirou.
«Acho que temos uma equipa com qualidade. Temos demonstrado isso ao longo dos últimos anos. Passa muito por aí, tentar andar lá em cima, dar alegrias aos adeptos. Não temos aquele objectivo declarado de andar lá em cima, mas sim ganhar jogo a jogo e com tranquilidade andar nos lugares do meio da tabela para cima», acrescentou o jogador.
Poucas mexidas
Nos últimos anos, o plantel no GD Prado não tem sofrido muitas alterações, mantendo praticamente a mesma equipa.
«Vejo isso como uma grande vantagem. Já nos conhecemos, o que é muito bom. Mas, acima de tudo, acho que temos um grande grupo em termos de carácter das pessoas. Nunca temos problemas, toda a gente se dá bem. Depois, o treinador tem de fazer as escolhas dele. Mas acaba por ser relativamente fácil, no sentido em que toda a gente aceita de uma forma pacífica, digamos assim. Claro que ninguém fica contente por não jogar, mas lida com isso com trabalho», apontou.
«E esse espírito de grupo também é muito alimentado pelos mais velhos, como é o meu caso, e essencialmente pelo Bruno Silva, que é o capitão de equipa e passa essa mensagem. É um jogador que, apesar do estatuto que tem, dá sempre o máximo e, se não joga, dá o máximo na mesma. Acho que esse exemplo é muito importante. Claro que cada um de nós tem os seus objectivos individuais, mas no fundo o que conta depois é o grupo», anotou.