Estou convicto que, nos próximos cinco anos, o clube ou escola que não estiver certificado como Entidade Formadora junto da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai estagnar e deixará de ser, gradualmente, uma opção de escolha para encarregados de educação e atletas, sobretudo nas idades mais “tenras”.
O decreto de Lei n.º 93/2014, de 23 de Junho deu o mote, e a FPF abriu portas à certificação já no ano de 2015. Certificou 37 clubes, essencialmente das Ligas profissionais.
Estar certificado significa “incentivar” e “encorajar” os clubes a melhorar a oferta dos serviços prestados aos seus jovens atletas, entre outros benefícios.
Os anos têm passado e já temos clubes de dimensão regional a entrar neste processo que, estou certo, será o futuro do futebol português, trazendo aos clubes mais desenvolvimento no futebol de formação.
A certificação das entidades formadoras pela FPF assenta no cumprimento de 9 critérios e vários sub/critérios, os quais estão, detalhadamente, definidos no
Manual de Certificação:
Critério 1 – Planeamento e orçamento
Critério 2 – Estrutura organizacional
Critério 3 – Recrutamento
Critério 4 – Formação desportiva
Critério 5 – Acompanhamento médico-desportivo
Critério 6 – Formação pessoal e social
Critério 7 – Recursos humanos
Critério 8 – Instalações
Critério 9 – Produtividade
O processo parte de uma auto-avaliação feita pelas próprias Entidades Formadoras, à qual se seguem visitas técnicas de verificação por equipas especializadas da FPF.
O resultado final do processo de certificação, depois da elaboração de relatórios de avaliação e da audiência de interessados é decidido pela Comissão de Certificação e aprovado pela Direção da FPF.
A Certificação de Entidades Formadoras, constitui um instrumento muito importante no processo de desenvolvimento do jogador português e um reforço qualitativo do trabalho desenvolvido pelos clubes.
O presente está a fazer o futuro e, em 2020, apenas clubes certificados poderão ter equipas de formação nos nacionais de futebol.
Por seu turno, apenas estes poderão retirar dividendos dos mecanismos de compensação nas transferências de jogadores com idades de 12 ou mais anos e para ajudar à “festa” dos benefícios serão os clubes certificados os que garantirão as melhores condições de ensino/aprendizagem aos jovens “sonhadores”.
O Vilaverdense FC já está a dar o mote e muito possivelmente em 2019/20 estará certificado com quatro estrelas, passando uma mensagem de que o futuro da formação está a marcar passo no presente!