No final da partida, Carlos Cunha, mostrou-se agastado pela forma como a equipa sofreu o golo do empate mesmo em cima do apito final.
É frustrante perder com um golo em cima da hora?
É frustrante, sobretudo, pela forma como deixamos fugir a vantagem já no final. Na primeira parte entrámos apreensivos, demos a iniciativa de jogo ao Montalegre e devíamos ser mais acutilantes. O golo deles acabou por nos acordar e tivemos uma forte reação para virar o jogo a nosso favor.
Na segunda parte, fomos mais equipa e mais equilibrados e tivemos várias situações para “matar” o jogo. A desvantagem obrigou o Montalegre a ter mais atitude e nós tivemos mais do que uma situação para matar o jogo. Ainda é mais frustrante porque no lance que dá origem ao golo o nosso jogador falhou o remate e na transição sofremos o penálti, quando tivemos oportunidade de matar a jogada. Mesmo com a defesa do Carlos não tivemos a felicidade de aparecer alguém para tirar a bola.
Não podemos olhar só para a sorte ou para o azar. Em algumas situações fomos incompetentes e noutras competentes. Neste equilíbrio é que reside o paradigma em que estamos a cair. Tínhamos de ganhar este jogo pelo que fizemos. Entregamos numa bandeja de ouro um ponto ao adversário. Temos de aceitar, o futebol é isto.
Era muito importante ganhar este jogo?
Era muito importante ganhar por todas as razões. Fico triste porque a equipa fez o necessário para ganhar, mas fomos penalizados no detalhe. Não vamos deixar de lutar, mas a verdade é que deixamos fugir uma série de oportunidades, pois nos últimos três jogos em casa não conseguimos ganhar. O Montalegre é uma boa equipa, mas hoje os pontos tinham de ficar do nosso lado. Vamos tentar somar pontos fora, mas para isso temos de ser mais consistentes.
Faltou alguma maturidade para segurar o resultado?
Mesmo a ganhar pedimos à equipa que na ação ofensiva jogasse e não se desfizesse da bola e em muitos momentos não o fizemos e não pusemos o Montalegre a correr, ou seja, expusemo-nos, mas também tivemos muitas situações para marcar o terceiro golo.
Nos últimos minutos tínhamos de gerir o jogo de outra forma, tendo bola e enervando o adversário. A equipa tinha de guardar a bola e tivemos muita presa de finalizar algumas jogadas. A juventude conta, mas não é tudo.