Mar vermelho

Escrevo este artigo como bracarense e não como braguista, embora tenha estima pelo S.C. de Braga.

Vim para Braga com apenas 5 anos. Fui-me habituando a ver o Braga a deixar de lutar por lugares de descida e passar a lutar por títulos e pelos 4 primeiros lugares, com a ambição de chegar ao tão desejado título de campeão nacional.

A par de tudo o que referi acima, a massa adepta foi crescendo e são cada vez mais aqueles que se apaixonam por este clube. Não, o Braga não é o Benfica B. Essa narrativa e rotulagem não fazem sentido, muito menos nos tempos de hoje.

O dia da apresentação da equipa contou com milhares de adeptos no centro da cidade. Ao longo do dia, foram vários os adeptos que fizeram questão de marcar presença e apoiar jogadores, staff e direção neste dia importante.

Aquilo que pouco ou nada mudou nestes últimos anos foi a visão e o apreço da comunicação social. Não houve referências nas diversas capas de jornais, como já é habitual, mesmo durante as competições europeias.

É necessário que a comunicação social saia desta espécie de bolha de centralismo e comece a ter um olhar e a dar uma visibilidade mais ampla ao nosso futebol.

Falamos de descentralização na política. No jornalismo desportivo também precisamos de refletir sobre a matéria de descentralização!

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