O SC Braga nos últimos jogos tem apresentado resultados menos positivos. Mas será motivo para deitar por terra toda uma época? Não, pelo contrário, deve ser motivo para uma reflexão mais profunda.
Ninguém duvida que o Braga, é a equipa que melhor futebol jogado pratica. É a equipa, que mais consistência coletiva apresenta. Posto isto, o que estará na base dos resultados menos positivos? Há dois fatores que explicam. O desgaste de uma época com um ritmo competitivo elevado e um plantel com várias peças importantes lesionadas.
Aqueles que acham que há falta de atitude, garra e competência da equipa e do mister Carvalhal são simplesmente desonestos e demonstram uma certa ingratidão para com o coletivo.
É notório o bom desempenho na Europa e no campeonato.
Não me recordo de o mister Carvalhal e alguém da estrutura braguista, ter colocado como objetivo da época a Champions e o título. Pelo contrário, comprometeram-se a disputar cada jogo olhos nos olhos e a fazer o melhor registo possível, lutando em cada jogo, para honrar o emblema do clube.
Se é verdade que uma equipa vive de resultados, não menos verdade é o facto de o trabalho de um treinador e de um plantel, não se resumir apenas e só a resultados positivos. O futebol é muito mais do que resultados. Há vários fatores que influenciam o desempenho de uma equipa e de um treinador.
Nós adeptos, temos de perceber que muitas vezes, quando os jogadores entram em campo, o fator psicológico começa a trabalhar mais do que a concentração e a exigência de um jogo em si. Não me recordo de um jogo em que o Braga não lutasse até ao fim por um resultado positivo.
Para se avaliar o trabalho de um treinador, é preciso perceber a sua filosofia e método de trabalho. Temos de mudar essa mentalidade e essa cultura de passar treinadores de bestiais a bestas.