Feminino. Racing Power jogou sob protesto na Madeira

O Racing Power jogou sob protesto, formalizado junto do delegado da Liga BPI antes do início da partida, o seu primeiro jogo do campeonato, diante do Marítimo, realizado, no Campo da Imaculada Conceição, no Funchal.

Segundo o comunicado enviado à nossa redação, os balneários não tinhas condições, o relvado estava impróprio para a prática de futebol, com lombas e erupções e em alguns setores apresentando um desnível superior a 30 centímetros, colocando em causa a integridade das jogadoras de ambas as equipas.

«É incompreensível aquilo que encontrámos neste estádio, desde os balneários ao terreno de jogo. Até as balizas eram mais pequenas. Cumprindo com os regulamentos caso o protesto fosse apresentado antes do jogo começar e não houvesse condições para o Marítimo retificar as anomalias o jogo teria de ser realizado nas próximas 24 horas seguintes. Só aceitámos disputar o jogo nestas condições, porque em caso de adiamento teríamos de pernoitar na Madeira e não conseguíamos no imediato nem alojamento nem alterar o voo de regresso. Por isso, informámos que iríamos jogar, mas sob protesto, devidamente comunicado às instâncias oficiais presentes”, sublinha Nuno Painço, presidente do Racing.

«Esta situação não é inédita neste estádio, foi denunciada na época passada também pelas próprias jogadoras do Sporting. Mas pelos vistos nada se fez desde então a não ser fechar-se um dos balneários. Numa competição que ser cada vez mais profissional e com melhores condições, autorizar ali um jogo é algo inconcebível. A equipa técnica do Racing equipou-se numa sala com cacifos escolares e banheiras de crioterapia”, denuncia o dirigente.

«Estamos a preparar um vídeo para apresentar nas devidas instâncias para que sejam revistas estas situações. Lamentável que as atletas se deparem com esta falta de respeito e consideração pelo seu trabalho, não só as do Racing mas todas as que terão de ali aqui jogar, principalmente as do Marítimo».

O Racing Power FC manifesta, ainda, o seu desagrado pela arbitragem realizada pela árbitra Catarina Campos, que «deixou passar em claro duas grandes penalidades».

“Gastam-se milhares de euros no VAR e como se percebeu neste jogo da primeira jornada, este instrumento de nada serve. Se calhar esse dinheiro devia ser canalizado para outras prioridades, como por exemplo modernizar relvados e instalações dos clubes da Liga BPI”, destaca Nuno Painço.

Recorde-se que o jogo terminou empatado a uma bola.

Nos outros jogos da 1.ª jornada, o SC Braga goleou (6-1) o Famalicão, o Benfica bateu o Torreense, por 2-1, e o Sporting ganhou ao Estoril, por 3-0. Já o Valadares de Gaia derrotou o Damaiense, por 2-0.