«É um campeonato competitivo, com cinco ou seis equipas que penso que podem lutar pela subida»

O Rendufe FC arrancou o campeonato com um triunfo na casa do Porto d’ Ave, mas a máquina emperrou e os rendufenses estiveram quatro jogos sem conhecer o sabor da vitória. No entanto, depois, a equipa virou a página e nas últimas sete jornadas somou cinco vitórias e um empate, tendo apenas perdido com o Esposende.

Resultados que deixam a formação comandada por Ricardo Silva (Xiço) num confortável 7.º lugar, com 19 pontos, a 10 dos lugares de descida.

«Neste momento, podíamos ter mais um ou outro ponto para estar mais lá em cima na tabela classificativa. Acho que até era o mais merecido, pois perdemos alguns pontos, principalmente no jogo com o FC Amares e o MARCA que não merecíamos.  Mas acredito que vamos fazer uma boa época», disse Tiago Correia, Bogas para a tribo a bola, que está a jogar pela primeira vez no Rendufe

«O convite surgiu através do mister, acreditei nas ideias dele, percebe muito o futebol, mas o mais importante é que é uma boa pessoa. E o grupo está com ele», expôs o médio.

«Ainda estamos um bocado na fase de adaptação, de nos conhecermos, pois somos um plantel quase todo novo. Quando se joga há muitos anos com as mesmas pessoas é muito mais fácil. Eu tenho o apoio do Esteves, do Andrezinho, mas também já conhecia o Abílio, do tempo do Ribeira do Neiva. Para já está a correr bem, tenho sido opção e os resultados também são positivos», juntou Bogas, que espera ajudar o Rendufe a fazer «uma época tranquila»

«É um campeonato competitivo, com cinco ou seis equipas que penso que podem lutar pela subida. Eu acho que nós também temos valor para andar lá em cima. Depois vai haver sempre aquelas equipas que vão andar mais para baixo, como já se começa a notar na tabela», expressou, analisando a performance dos adversários.

«Gostei do Esposende, bons jogadores, jovens, com qualidade, uma equipa intensa. Acho que é o mais forte candidato ao primeiro lugar. Mas o Martim e o Porto d’Ave também são equipas fortes», indicou.

«O que digo sempre é que nós temos de pensar apenas jogo a jogo, em ganhar. Vamos entrar para todos os jogos para ganhar, esse é discurso do mister, não importa o adversário», destacou.

Estabilizar na Honra
Bogas lembra que esta é apenas a segunda época do Rendufe na Divisão de Honra. O médio diz que o clube tem condições para sonhar com algo mais, mas agora o mais importante é estabilizar a equipa na Divisão de Honra.

«O Rendufe é um clube novo nesta divisão, organizado, com pessoas competentes, e que estão conscientes que não podem dar um passo maior do que a perna. Sabem que é importante primeiro ganhar raízes na Honra e, depois, mais tarde, quem sabe talvez pensar noutros voos», proferiu.

«Este ano queremos apenas uma manutenção tranquila, não andar na corda bamba, ir para todos os jogos com o pensamento nos três pontos», juntou o médio, lembrando que no futebol «passa-se rapidamente de bestial a besta».

«Passámos uma fase menos positiva, criávamos, mas não fazíamos golos a ninguém. Nunca mais me esqueço do jogo com o Amares, foi um massacre e empatámos a zero. Agora estamos mais moralizados, começámos a ganhar, as vitórias dão mais confiança, as coisas começam a fluir melhor. Mas de um momento para o outro pode virar, o sucesso no futebol é efémero», expôs.


Bogas tem um passado ligado ao clube da terra
«Continuo a gostar do Ribeira»

Bogas tem um passado no futebol sénior ligado ao Ribeira do Neiva, clube que representou até ao final da época passada.
«O ano passado foi um misto de sensações. Houve muitas alterações, tornou-se tudo complicado. Quando se troca muitas vezes de treinador, as coisas tendem a não correr bem. Falhou muita coisa, inclusive os jogadores», apontou.

«É sempre difícil, porque é o clube da minha terra, que não deixo de gostar, claro. Joga lá o meu irmão e continuo a torcer por eles, espero que façam uma boa época e que subam de novo à Honra», acrescentou Bogas, de 24 anos.

«Quando tinha 18/19 anos sonhava muito. Agora, o mais importante é sentir-me bem no grupo. Mas a Pró-Nacional é um patamar acessível,
acho que posso alcançar facilmente. Já tive muitos convites», revelou o médio.

«Com o mister Xiço tenho jogado sempre na posição 8, mas também posso jogar a 6. Nunca tive muito golo, só se for de bola parada, é um aspecto que tenho de melhorar», indicou.