Está aí à porta de entrada a época desportiva de 2019/20 e com ela o arranque das competições de nível nacional e regional. O passado está repleto de histórias negativas e positivas no que concerne a episódios sobre comportamentos e atitudes de ética. O incidente do passado fim de semana ocorrido no estádio da “Briosa” num jogo que deveria ser de festa, afigura-se nesta pré-época como um momento em que todos devemos voltar a refletir e de alguma forma mudar de atitude.
O espírito desportivo é essencial para o êxito da promoção e do desenvolvimento do desporto, revelando-se igualmente benéfico para o indivíduo, as organizações desportivas e a sociedade. Um desporto baseado nos princípios da ética será, para todos os que nele participam, mais apelativo, motivador, realizador e útil.
Parafraseando o mister do SL Benfica, Bruno Lage: “Temos de tomar medidas drásticas sob pena de no dia de amanhã eu como adepto não trazer a minha família ao estádio!” Estas palavras assertivas dão especial enfoque à responsabilidade de todos os agentes envolvidos na transmissão dos valores do desporto, de forma a possibilitar aos seus praticantes e adeptos o desenvolvimento de um quadro de referência que lhes permita fazer escolhas responsáveis perante as eventuais pressões criadas em torno do desporto.
Em face do exposto, aproveito para relembrar quem são os destinatários do compromisso com a ética desportiva, que não são mais que todos os agentes que, de alguma forma, se relacionem com o desporto, tais como: praticantes, treinadores, árbitros, juízes, profissionais de saúde, dirigentes, jornalistas, educadores, encarregados de educação, entidades desportivas, empresários, espetadores e adeptos.
A todos estes são atribuídas responsabilidades nesta matéria. Cabe-lhes a eles o compromisso com a assunção e promoção dos princípios e valores presentes em códigos de conduta inerentes à ética e fair play.
Para além do compromisso exige-se o dever de se cumprir premissas com a Ética Desportiva a todos os intervenientes no processo desportivo que abaixo enumero:
– A tutela do Desporto
– Praticantes Desportivos
– Os Pais e Encarregados de Educação
– Os estabelecimentos de ensino e os professores
– Os Treinadores
– Os árbitros, Juízes, cronometristas e demais aplicadores das leis de jogo
– Os Médicos e os Técnicos Desportivos de Saúde
– Os Dirigentes ou Gestores Desportivos
– As Federações Desportivas
– As Associações, os clubes, as coletividades e as sociedades desportivas
– Agentes Desportivos e Empresários
– Espetadores e Adeptos Desportivos
– Os Voluntários
– Organizadores e/ou promotores de espetáculos desportivos
– Os meios de Comunicação Social
A todos eles pede-se, e reitero a exigência, de que participem ativamente na criação de um desporto cada vez mais responsável, mais leal e mais respeitador do espirita desportivo.