Beber pela palhinha

Há um velho dito popular que nos diz: “Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”. No caso Palhinha, esse dito aplica-se muito bem.

Há um problema crónico no nosso futebol e que tem de ser mudado. A permissão de sucessivos recursos e a permissão de se colocar processos de ordem jurídica apenas e só desportiva para os tribunais civis. A tutela deve rever isso para que os processos sejam mais céleres e não aconteçam situações como esta.

Posto isto, vamos ao caso em si.

O erro começa quando um árbitro vem a público assumir erros. Logo aqui, abrem-se vários precedentes. Cada vez que um árbitro errar vem a público assumir esse erro? Não me parece benéfico.

Aliás, é não só a porta para uma visão de incompetência da arbitragem, como abre também a porta a mais polémicas em torno de tudo o resto que não seja o jogo propriamente dito.

O outro precedente que se abre neste caso é a perda de legitimidade por parte dos órgãos responsáveis para impedir que outros clubes possam fazer exatamente o mesmo que o Sporting fez. Não concordo, recorro.  Não podemos tornar o futebol numa espécie de jogo de tabuleiro de queixas e queixinhas.

Mais, num futuro próximo, se mais cartões foram dados indevidamente vai ser anulada a decisão? Fica sem castigo? São muitas pontas soltas. Isso em nada condiz com a transparência.Erros acontecem. É por isso que os árbitros são avaliados. Não são os clubes que têm de avaliar.

Mudemos essa cultura e, haja bom senso por parte de todos os intervenientes. Caso contrário, andaremos sempre a beber água pela palhinha sem rumo certo.

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