Em Portugal temos uma cultura de responsabilização e ataque constante à arbitragem. Não podemos esconder que há erros de arbitragem que não se compreendem. Por outro lado, não se pode usar constantemente a mesma como desculpa para os resultados menos bem conseguidos.
Por parte da APAF há também um caminho a percorrer que, na minha opinião, deve ser diferente. A mesma entidade não pode constantemente achar que é imune a críticas e que os dirigentes, treinadores ou jogadores não se podem pronunciar sobre o trabalho das equipas de arbitragem.
Deve haver bom senso de ambas as partes. Ou seja, não pode haver excessos, mas, por outro lado, não se pode achar que se está imune a erros e a críticas.
A próxima época ainda não começou, mas já está envolvida em polémica com o VAR na Liga 2 onde nem a Liga nem a FPF se entendem e andam às “turras”.
Quando as próprias entidades não se entendem, quem está de fora terá compreensão e respeito? Esta é uma clara reflexão que deve ser feita por parte de quem tutela estes organismos!
Nem tudo é mau no que toca à arbitragem. A APAF tem levado a cabo uma excelente iniciativa. Refiro-me à iniciativa: “Árbitro na escola”.
Esta é uma iniciativa que visa promover junto dos alunos o fairplay, o respeito e a empatia valorizando o papel do árbitro e das equipas de arbitragem no jogo.
Este tipo de iniciativas e proximidade dignificam, mudam a cultura e aumentam o respeito e consideração!
No decorrer dos jogos, julgo ser importante os árbitros terem uma postura mais pedagógica e menos punitiva! Se houver uma maior cooperação e celeridade haverá, certamente, um maior respeito e controlo dentro e fora dos estádios!
Que todas as entidades envolvidas promovam todos os esforços em prol de uma maior cooperação e transparência no decorrer da época.
Ficamos todos a ganhar com uma postura mais construtiva!