O Benfica nas últimas jornadas tem perdido fôlego e mostrou que é forte contra as equipas fracas, mas o inverso contra os grandes.
Se é verdade que se sente uma equipa desgastada, não é menos verdade que o Benfica ultimamente não tem praticado um bom futebol.
O clássico frente ao Porto demonstrou bem isso. O Porto foi superior em todos os aspetos do jogo. Contra todas as expectativas, o Porto venceu e convenceu. O que diferenciou foi a qualidade enquanto grupo. O Porto é uma equipa que, nos momentos mais difíceis, sabe unir-se e a fazer das tripas coração. Aliás, basta ver que a nível de plantel o Benfica tem uma maior variedade de opções, ao contrário do Porto que tem bastantes limitações.
A vitória do Porto deixou marcas bem vincadas no Benfica, o que se refletiu no jogo frente ao Inter com o Benfica a ser uma equipa muito atípica e o Inter claramente superior.
A derrota para o campeonato reabriu a luta pelo título. É verdade que o Benfica dispões de 7 pontos de vantagem, mas, recentemente, já vimos desvantagens de 7 pontos serem transformadas em vantagens e darem títulos. Importa também salientar que o Benfica tem um calendário bem mais apertado. A conquista do título está mais favorável ao Benfica, mas, também é verdade, que Porto e Braga vão dar luta até ao fim.
O Benfica, neste momento, é quem tem maior pressão. Um deslize pode colocar em causa e reacender ainda mais a luta. Já os seus rivais diretos não têm nada a perder e, por isso, gozam de uma maior tranquilidade.
Por último, gostava de fazer referência a uma iniciativa da FPF onde, na Liga 3, permitiu a presença de árbitros nas conferências de imprensa de antevisão. Iniciativa que, de resto, já foi aplaudida pelo presidente da APAF, deixando a porta aberta para que a mesma se concretize na primeira liga.
Julgo ser uma boa iniciativa e ser benéfica. Que todos os elementos aproveitem estas ocasiões para tornarem as conferências de imprensa mais elucidativas, formativas e menos mesquinhas no que toca ao futebol.