O presidente da AF Braga, Manuel Machado, reuniu de emergência na passada terça-feira com os seus órgãos sociais para analisar as suspeições lançadas sobre o Conselho de Arbitragem.
Na reunião marcaram presença o presidente da Assembleia Geral, Alves Pinto, o presidente do Conselho de Justiça, Jorge Varanda, o presidente do Conselho de Disciplina, João Gonçalves e o secretário-geral da Associação, Jorge Monteiro.
No comunicado hoje enviado para a nossa redação, a Direção da AF Braga dá conta que «nos últimos tempos, têm surgido sinais que evidenciam um eventual funcionamento anómalo do Conselho de Arbitragem da AF Braga, que em nada vem contribuindo para o normal decurso das competições desportivas».
«Os sinais vêm de vários lados, desde emails anónimos enviados para a Associação, Conselho de Disciplina, árbitros e seus núcleos, em que são reportadas situações suscetíveis de envolver responsabilidade disciplinar, e mesmo outras que poderão estar no limiar da responsabilidade criminal que, por isso mesmo, se poderão revestir de uma enorme gravidade.
Uma alegada atuação discricionária do Conselho de Arbitragem, com manifesto tratamento desigual para os árbitros com prejuízo das suas carreiras, passando ainda por afirmações de vários agentes desportivos, nomeadamente presidentes e dirigentes de clubes desta associação, e dos próprios árbitros.
Além do inevitável mal-estar que vai crescendo na comunidade desportiva desta Associação, umas vezes bem visível e audível e outras desenvolvendo-se silenciosamente, esta alegada disfuncionalidade do Conselho de Arbitragem tem vindo a causar alarme e inquietação junto de clubes e árbitros», pode ler-se no comunicado.
Assim, e tendo em conta estas situações, a Direção da AF Braga, liderada por Manuel Machado, promete tomar «agir de forma rápida e impiedosa sobre os prevaricadores.
«Este sentimento geral de suspeição e inquietação impõe que a Direção da AF Braga, e os demais órgãos sociais que zelam pela legalidade e igualdade de oportunidades das competições, venham a adotar uma vigilância mais apertada a todas as situações que favoreçam a desconfiança e a descrença junto dos agentes desportivos, agindo de forma rápida e impiedosa sobre os prevaricadores, sempre que esses comportamentos sejam detetados, tratando na justiça disciplinar tudo o que revestir essa matriz, e enviando para o Ministério Público a matéria que reveste natureza criminal, como aliás, tem vindo a ser apanágio desta Direção e demais órgãos sociais.
Aliás, e na sequência do primeiro email anónimo, o Conselho de Disciplina, no âmbito das suas competências, não demorou a instaurar um processo de averiguações, que já segue os seus termos, aguardando-se os resultados para breve», frisou.
