Nelson Martinho considera positiva a época do Vieira, devido a algumas condicionantes, mas também reconhece que «podia ser melhor», até porque tem um espinho cravado na época com a eliminação precoce na Taça, troféu que o Vieira conquistou na última época, sob o comando de Roger Bastos.
Que balanço é que se pode faze da época do Vieira SC?
O meu objetivo era, nesta altura, estar mais perto do primeiro lugar, com o resultado do jogo com o Celoricense acabámos por perder uma boa oportunidade de isso acontecer. Neste momento, estamos no 3.º lugar, a um ponto de distância da Oliveirense, segundo. No entanto, olhando ao nosso plantel, muito jovem, tirando três ou quatro jogadores, o resto é quase tudo sub-23, há alguns momentos em que tínhamos que ter mais experiência para controlar o jogo. Recordo-me que houve pelo menos dois, três jogos em que perdemos a possibilidade de ganhar nos últimos minutos, e seriam pontos valiosos para esta reta final. Na segunda volta, temos três empates, mas ainda não perdemos. Penso que somos a equipa com mais pontos, por isso avalio de forma positiva o campeonato que estamos a fazer. Claro que podia ser melhor. Tivemos uma desilusão muito grande na Taça, que é sempre um objetivo do Vieira, e não conseguimos continuar em frente. Temos esse espinho cravado na época.
Foi-lhe pedido que lutasse pela subida?
Não nos foi pedido que lutássemos pela subida, agora a história do Vieira obriga-nos a lutar pelo primeiro lugar sempre. Neste clube o pensamento na vitória tem que estar sempre presente. Portanto, o objetivo que coloquei era andar no pelotão da frente e, depois, na reta final, ver quem era mais forte no sprint. Ficámos um pouco para trás, mas no futebol, como costumam dizer, muita coisa pode acontecer e, portanto, não podemos atirar a toalha ao chão. Temos que continuar a lutar, a colocar pressão no Celoricense, mas o primeiro passo tem que ser chegar ao segundo lugar.
«Estruturaram-se bem»
Surpreende-o o percurso do Celoricense?
De certa forma sim, pelo facto de ter subido no ano passado, com uma belíssima equipa, é verdade. Porém, ao longo do campeonato, começámos a perceber o porquê de eles estarem em primeiros. Primeiro porque a época foi muito bem estruturada, mantiveram os melhores jogadores que subiram no ano passado e reforçaram-se com jogadores de outras divisões superiores, nomeadamente do Campeonato de Portugal. Na paragem de inverno, voltaram a reforçar a equipa, ou seja, houve uma aposta clara naquilo que eram as ambições do clube. Portanto, isso tudo, qualidade dos jogadores, organização, preparação do plantel, reforço no mercado de inverno, faz com que eles sejam nesta altura o destaque do campeonato, e com todo o mérito.
«É para isso que trabalho todos os dias»
Ainda acredita que poderá treinar uma equipa nos campeonatos nacionais?
É para isso que trabalho todos os dias. Aliás, a minha equipa técnica trabalha da mesma forma nos campeonatos distritais, como se estivesse nos nacionais. E tentamos pôr esse profissionalismo em todas as equipas em que estamos. Às vezes conseguimos com mais facilidade, outras vezes com menos, dependendo das condições que os clubes nos possam proporcionar. Chegar aos Nacionais com o Vieira seria ouro sobre azul, como se costuma viver.
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