Dinis Vieira terminou a época com a conquista de mais dois títulos no seu último ano de júnior, na categoria de BTT XCO. O ciclista, natural de Amares, que integra a equipa AXPO/FirstBike Team/Vila do Conde, faz um balanço positivo da época, lamentado apenas não ter conseguido uma melhor classificação na geral da Taça de Portugal.
Terminada que está mais uma época, que balanço faz?
Na minha opinião, foi uma época muito positiva, claro que há sempre coisas a melhorar, ainda por cima um jovem como eu que ainda tem muita coisa para aprender. Mas foi o suficiente para ter uma época muito boa com a conquista de mais dois títulos.
Cumpriu com todos os objectivo ou ficou algum por alcançar?
No geral, alcancei quase todos os objectivos a que me propus no início da época. Fui campeão no Campeonato do Minho e no de Vila do Conde. Para o ano ser prefeito faltou apenas ter ficado melhor classificado na Taça de Portugal.
Qual a prova que lhe deu mais gozo ganhar?
A prova que me deu mais gozo ganhar foi de Moreira de Cónegos. Foi aí em que confirmei a camisola amarela de Campeão do Minho.
E qual o adversário mais difícil que teve ao longo da época?
Para mim todos os adversários são bons, não gosto de individualizar. Todos eles me deram luta.
Qual o seu maior sonho no ciclismo?
O meu maior sonho era ter conseguido competir numa prova do Campeonato do Mundo, mas esse sonho ainda não foi possível de concretizar.
Vai ingressar na GNR
Ciclista abandona competição
Não é um adeus ao ciclismo, mas talvez um até já. Aos 17 anos, Dinis Vieira optou por ingressar no curso da GNR, em Portalegre, e vai deixar de fazer provas de competição. O jovem ciclista diz que é muito difícil um atleta amador sobrevier em Portugal e deixa também reparos à falta de apoios para as modalidades no Concelho de Amares.
Já traçou os objectivos para a nova temporada desportiva?
Na próxima época não irei competir. Decidi entrar no curso para a GNR, em Portalegre, o que não me deixa muito tempo livre para treinar e entrar nas provas de competição. Vou parar por uns tempos, mas vou continuar a andar de bicicleta, que é a minha grande paixão.
Acha que o ciclismo não é muito apoiado em Amares?
O Concelho de Amares não apoia de forma alguma o ciclismo e muitas outras modalidades desportivas, o que faz com que os atletas percam a motivação.
Quais foram os seus pilares neste percurso de sucesso?
Os meus maiores pilares ao longo destes anos todos foram, obviamente, os meus pais. Sem eles era impossível competir, porque isto ainda acarreta despesas. Mas também quero agradecer ao meu mecânico, Carlos Silva, da loja Bike Seven, em Vila Verde, que me ajudou na manutenção da bicicleta, mesmo fora de horas.
Ao meu treinador, Paulo Parreira, por tudo o que me ensinou ao longo destas épocas. Por último, mas não menos importante, agradecer ao meu maior parceiro e amigo, Cláudio Veloso, que me tem apoiado sempre.
