Aos 35 anos, Adriano Cunha Salgado vai dizer adeus aos relvados. Não ao futebol. Nem ao Marinhas, único clube que conheceu ao longo da sua carreira, pois esses dois amores irão caminhar a seu lado ao longo da vida, como tão bem descreveu o clube numa nota postada nas redes sociais.
Centenas de jogos. Milhares de treinos. Litros de suor escorridos pelo seu clube do coração. 28 anos de vitorias. De histórias. De momentos que se tornaram imortais. 28 anos de dedicação a uma só instituição. Pelo amor ao futebol. Pela paixão ao FC Marinhas. 28 anos de uma história bonita, incrível, arrebatadora de ligação sentimental e nobre, não só ao Marinhas mas ao desporto e ao futebol. 28 anos que não acabam aqui, porque ser FC Marinhas não acaba, não se interrompe, não se quebra.
Ser FC Marinhas é transportar no coração a mística de um clube sem igual. Dentro do relvado quando se está. Na alma quando o cansaço se apodera, as chuteiras se penduram mas as memórias, as histórias e as recordações perduram no tempo, até à eternidade, quando o atleta se torna símbolo.
Salgado, agora acaba a magia do toque na bola, do cruzamento letal, do corte oportuno, da liderança no campo, da voz firme no balneário, das palavras nas palestras. Dos conselhos a quem chega de novo. Mas o caminho nem sequer vai a meio. Por tudo o que deste e por tudo o que tens haverá sempre um Salgado presente em nós.
28 anos não são 28 dias. É uma vida que agradecemos. Que exultamos. Que valorizamos. Porque foste muito mais que um atleta. Muito mais que um competidor nato. Muito mais que um ganhador compulsivo. Foste um homem com H grande que ao longo deste tempo transportou no corpo e na alma, nas chuteiras e no coração, os mais nobres valores que, enquanto instituição desportiva e formadora, mais valorizamos. O respeito, a dignidade e o fair-play. E isso fica para sempre.
Obrigado, Capitão.
A nossa história faz-se de ti.