Recentemente ouvi num canal televisivo a entrevista de um jovem jogador que deu o seu testemunho enquanto vítima de violência no futebol Infelizmente são muitos os casos em que jogadores e outros intervenientes são vítimas de violência verbal, psicológica e física.
No caso a que me refiro é no futebol de formação. É aqui que começa o problema.
Todos nós temos responsabilidades no desenrolar do ambiente nos jogos de futebol. Raras não são as vezes em que os pais tentam impor à força a titularidade dos seus filhos contribuindo, assim, para um ambiente conflituoso dentro do plantel e estruturas dos clubes.
Temos de entender que quem trabalha diariamente com os atletas tem melhor informação sobre os jogadores. Ou seja, são os elementos das equipas técnicas. É a essa equipa técnica que cabe delinear as opções iniciais em virtude da sua ideia de jogo e desempenho nos treinos semanais.
Há outro problema mais grave que muitas vezes assistimos. A violência verbal. Várias vezes verificamos insultos aos elementos das equipas de arbitragens, equipas técnicas, dirigentes e a jogadores. Convém dizer que em muitos casos essa violência começa pelos próprios intervenientes acabando por se alastrar para os adeptos.
Quem tutela o desporto deve implementar de forma mais rigorosa e coerente medidas que visem diminuir este tipo de situações e, ao mesmo tempo, as equipas de arbitragem devem procurar um maior equilíbrio entre o bom-senso e a gestão do jogo.
Se todos contribuirmos com uma conduta positiva e responsável o futebol tornar-se-á mais inclusivo e menos conflituoso. É isso que se pretende com o desporto. Ser um meio inclusivo e agregador da sociedade! Façamos todos um esforço para que isso aconteça, dando um bom exemplo de prática e participação desportiva!