Marco Vilela iniciou a carreira de treinador nos iniciados do Arsenal da Devesa, com a conquista de título e uma subida aos nacionais. Depois, passou pelos juniores do GD Prado, também como adjunto. A sua primeira experiência como treinador principal nos juniores do SP Arcos, na época de 2015/16. No ano seguinte, rumou aos juniores do Palmeiras, conquistando no terceiro lugar na divisão de Honra da AF Braga. Há dois anos chegou ao Este FC para treinar os juvenis e este ano assumiu o comando técnico dos juniores.
Como surgiu o convite para treinar o Este FC?
O convite do Este FC foi feito pelo Presidente (Jorge Rodrigues), que me falou do projecto para o clube e de como aposta na formação, tendo como objectivo potenciar os jogadores para eles mais tarde assumirem um papel importante nos seniores do clube.
Está satisfeito com condições do clube?
O clube tem boas condições. Tem um Presidente e uma equipa de directores que trabalham muito para que nada falte aos jogadores e treinadores, dando todo o apoio possível. Fazem muito com pouco.
Que avaliação faz da equipa no campeonato?
Apesar do começo de época não ter sido o desejado, sentia que a equipa estava a crescer semana após semana. Estávamos no nosso melhor momento, tendo apenas uma derrota nos últimos 12 jogos. Estávamos na luta pela subida, sendo que na altura da paragem do campeonato éramos das melhores equipas do nosso campeonato.
- Temos jogadores que podem chegar aos seniores
Foi dentro do perspectivado ou ficou aquém das expectativas?
Não consigo responder porque ainda tínhamos oito jogos para disputar. No entanto, acredito que com a continuação do compromisso e dedicação de todos os jogadores iríamos conseguir um lugar de subida.
Há jogadores na sua equipa com qualidade para jogar nos seniores?
Sim, temos vários jogadores que podem chegar aos seniores e agarrar um lugar na equipa, não tenho qualquer dúvida disso.
Como foi a interacção com a equipa técnica dos seniores?
Sempre que foi necessário foi fácil. Todas as decisões tomadas, foram sempre com o objectivo do melhor para o Este FC.
Foram muitos jogadores chamados para treinar à equipa principal?
Chegaram a treinar pelos seniores alguns jogadores (alguns ainda juniores de 1.º ano), uns por necessidade da equipa sénior, outros por mérito e como forma de os premiar pela época que estavam a fazer.
O campeonato foi competitivo?
Foi muito competitivo, com varias equipas com qualidade. Haviam pelo menos seis equipas a lutar pela subida.
E quais as melhores equipas?
Para mim foi o Celeiros, pois foi a equipa mais regular, pois esteve sempre no primeiro lugar desde a primeira jornada. Depois havia mais equipas como o FC Amares, pela qualidade individual de alguns dos seus jogadores, o Lomarense e a nossa equipa.
- Para favorecer algumas equipas estão a prejudicar outras
Que opinião tem da formação em geral nos clubes da AF Braga?
Penso que as equipas de forma geral deveriam valorizar mais o trabalho que é feito na formação. No Este valorizam tanto os seus jogadores de formação como os seus treinadores.
Como receberam a notícia da anulação dos campeonatos?
Não gostamos, pois estávamos no nosso melhor momento e na luta pela subida, mas que aceitamos, pois sabíamos que era uma decisão para o bem de todos.
Nestas alturas temos de pensar na saúde e no bem-estar de todos em primeiro. Era impossível garantir a segurança se a decisão fosse outra. Acho que estiveram bem.
E que opinião tem da reestruturação dos campeonatos?
Para favorecer algumas equipas estão a prejudicar outras, pois o campeonato é uma maratona e só pode acabar no fim. Não acho justo não premiar quem ainda tem muito para correr. No futebol ninguém pode dar nada por garantido e muito provavelmente muitas das equipas que neste momento vão ser premiadas com a subida no fim dos campeonatos não iriam estar nessa mesma posição.
Para ano vai continuar no Este FC?
Sim. Sinto-me em casa e valorizado. Sei que ainda temos que terminar algo que não conseguimos concretizar esta época, devido a esta pandemia.
Como tem sido este tempos estranhos?
Não tem sido fácil pois ficamos privados de estar com os nossos amigos e familiares, de fazer a nossa vida normal. Já sinto falta do futebol, dos meus jogadores, do treino e daqueles momentos de balneário e tudo que isso envolve