Sérgio Talaia entrou a ganhar. O treinador foi à casa do Antas vencer por 2-0 e somou assim o primeiro triunfo ao serviço do GD Peões. Talaia diz que aceitou este desafio até ao final da época «pela amizade ao presidente» e também por uma promessa que o próprio havia feito há quase uma dezena de anos numa altura em que um colega seu se debatia pela vida na cama de um hospital.
«Há cerca de 13 anos, quando num jogo que o GD Peões disputou no Gerês, o Malheiro, que tinha sido meu colega de balneário dois anos antes, teve um azar e ficou em coma. No dia seguinte, eu o presidente e o capitão de equipa fomos ao hospital para o ver. E eu disse para mim que se ele saísse daquela cama eu voltaria a representar o GD Peões um dia. Agora, passado esse tempo, e como o Malheiro recuperou, está na altura de saldar a minha dívida pessoal para com o clube, porque para mim há valores como a amizade que são mais importantes do que tudo o resto», contou Sérgio Talaia ao Diário do Minho.
Sérgio Talaia, que na altura do sucedido, representava o Maximinense, havia jogado no Peões dois anos antes e tinha sido colega de Malheiro na equipa. O técnico também aceitou este desafio como «forma de saber com quem posso ou não posso contar».
«Estou aqui igualmente pelo desafio, pois nas duas últimas temporadas tivemos dois projetos de subida: Um conseguimos (S. Mamede d’Este) e outro falhámos (Pedralva). Agora, estou aqui no Peões de corpo e alma porque o presidente que tinha pedido para ajudar uma vez que estava sem treinador».
Sobre as expectativas desportivas, Sérgio Talaia diz querer «tirar o Peões do fundo da tabela». «Temos plantel para fazer um bom trabalho. Acho que a classificação que o Peões ocupa está muito aquém do real valor dos jogadores», disse.